TAREFA >> 15. Leia «Planeamento Estratégico».

PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

Nenhum estudo de planeamento e metas está completo sem se examinar o tema de planeamento estratégico. É de uma tal importância vital, que merece um estudo aprofundado no que se refere à sua definição e uso e também à sua relação com outros aspectos de gestão. 

O termo «ESTRATÉGIA» é derivado das palavras gregas: 

strategos, que significa «general»,

stratos, que significa «exército»,

agein, que significa «liderar».

Sendo assim, ESTRATÉGIA, pela definição do dicionário, refere-se a um plano para a condução geral de uma guerra ou de um sector da mesma. 

Por extensão (inferindo a partir de factos conhecidos), também veio a significar um plano para a hábil condução geral de um vasto campo de operações, ou de um sector dessas operações, para a realização de um objectivo ou resultado específicos. 

Isto é planeamento feito ao nível dos escalões superiores, visto que, para ser eficaz, tem que ser concebido a partir de uma visão geral da situação geral existente. 

É uma declaração dos planos cujo desígnio é realizar um vasto objectivo e, inerente à sua definição está a ideia de um uso inteligente dos recursos ou manobras para superar o inimigo ou triunfar sobre os obstáculos existentes que impedem o alcançar do objectivo. 

É a estratégia central concebida no topo da hierarquia que, como um guarda-chuva, cobre as actividades dos escalões que estão abaixo de si. 

Isso diz-nos o que é o planeamento estratégico.

O Que Este Faz

Aquilo que o planeamento estratégico faz é fornecer direcção às actividades de todos os escalões inferiores. Todos os planos tácticos, programas e projectos a serem levados a efeito pelos escalões inferiores para alcançar o objectivo decorrem do plano estratégico superior. Esse é o plano global de acordo com o qual estes são todos coordenados. 

Isto dá-nos uma visão clara da razão pela qual o planeamento estratégico é importante de uma forma tão vital e porque deve ser feito pelo corpo do nível superior de planeamento, para a administração ser eficaz e bem sucedida. 

O que é que acontece se o planeamento estratégico for omitido? O que é que acontece na condução de uma guerra se não for feito nenhum planeamento estratégico? 

As tropas chave podem ser deixadas com os flancos expostos e sem apoio em áreas chave, enquanto outras tropas travam batalhas inúteis em algum posto avançado de menor importância. Os víveres e munições podem ser transportados (posicionados para uso) para áreas erradas ou não ser sequer enviados. Conflitos de ordens, linhas e manobras obstruídas, recursos desperdiçados e batalhas perdidas serão o resultado. Quando falta um plano, falta também a coordenação e surge uma cena de dispersão e confusão. Em resumo, é um desastre. 

Há uma grande diferença entre isto e um impulso forte, coordenado e positivo, no sentido de alcançar o objectivo! 

Se transpusermos tudo isto para a nossa própria actividade, teremos uma visão ainda mais clara do motivo por que o planeamento estratégico deve ser feito nos níveis superiores de administração. A palavra-chave aqui é «feito». Este não pode ser negligenciado nem deixado de parte. Não se pode presumir que está feito. O planeamento estratégico tem que ser feito e afirmado e dado a conhecer pelo menos aos níveis imediatamente inferiores de administração para que a coordenação e o estabelecimento de metas correctas possam ter lugar. 

Propósito e Planeamento Estratégico

Um plano estratégico começa com a observação de uma situação a ser resolvida ou de um objectivo a ser atingido. 

Este inclui sempre uma afirmação do propósito ou propósitos exactos a serem alcançados. 

Assim que o propósito tenha sido estabelecido, é possível derivar deste vários planeamentos estratégicos. 

De facto, PODE DIZER-SE QUE ESTRATÉGIA É A FORMA COMO SE VAI VERDADEIRA, EFECTIVA E RAPIDAMENTE FAZER MANIFESTAR UM PROPÓSITO E AVANÇAR NO UNIVERSO FÍSICO REAL, COM VELOCIDADE E SEM FALHAS. 

Qualquer plano estratégico pode incluir um número de acções importantes requeridas por um ou mais sectores diferentes para que o propósito seja alcançado. Estas são expressas em termos muito gerais porque são uma declaração do planeamento global inicial que foi feito. A partir delas, depois é possível derivar planos tácticos. Mas todas estas coisas têm de engrenar. 

Exemplo: 

Situação: A Companhia de Papel ABC, embora continue a produzir a sua linha de produtos de papel que anteriormente era bem sucedida, continua também a concentrar-se unicamente na sua clientela regular já estabelecida, ao passo que negligencia uma quantidade de público potencial. A companhia está rapidamente a ir à falência e a perder os seus executivos a favor de outras companhias com «mais oportunidades de expansão».

Propósito: Colocar aí uma companhia de papel plenamente desenvolvida que alcança todo o seu público potencial com vista a vendas em volume dos produtos existentes e novos, enquanto continua também a servir a sua clientela regular e lhe vende em volume, restabelecendo assim a solvência da companhia e criando uma reputação de empresa lucrativa, moderna, eficiente e com possibilidades de expansão.  

Plano Estratégico: O plano estratégico, baseado na situação e no propósito estabelecido, poderia ser algo como isto:

A acção mais imediata e vital, necessária para parar as perdas (sem interromper quaisquer negócios em curso nem destabelecer qualquer outra unidade) será criar e pôr a funcionar uma nova unidade de vendas (ao lado da que já existe) que terá como primeira prioridade o desenvolvimento imediato de novos clientes para a linha de produtos actual entre: a) distribuidores retalhistas de papel, b) distribuidores de papel por atacado, e c) encomendas directas por correio. Terão que se procurar vendedores experientes e honestos para chefiar cada uma destas secções, e terão que se localizar mais vendedores profissionais em quantidade. Estes podem ser contratados pagando-lhes um sinal muito baixo e fazendo a maior parte do seu dinheiro em comissões. Esta operação pode então ser alargada a áreas mais vastas, utilizando gerentes distritais, vendedores que trazem outros vendedores e até mesmo vendedores de porta a porta. Como parte deste plano será preciso elaborar sistemas de comissões, kits para a venda de pacotes, promoção e publicidade. Pôr isto a funcionar numa base imediata incrementará as vendas e compensará as perdas, e muito em breve expandirá a companhia para o campo dos lucros astronómicos. 

2. Enquanto as medidas temporárias e imediatas estão a ser implementadas, é preciso manter as vendas correntes e o serviço de clientes. Ao mesmo tempo é preciso rever, nas folhas de serviço, as vendas e produção do pessoal existente e fazer uma auditoria minuciosa à contabilidade da companhia para descobrir de onde vêm as perdas. Deve-se despedir qualquer pessoal não produtivo e reter as pessoas produtivas. Caso se descubram desfalques ou quaisquer irregularidades financeiras, isso terá que ser manejado com a acção legal apropriada. Por outras palavras, a empresa corrente tem que ser totalmente revista e depurada, e a produção tem não só que ser mantida como aumentada o mais possível, com metas de produção fixadas e alcançadas.

3. Deve ser elaborado um programa para fazer sondagens a todos os tipos de público com fim de apurar quais são os novos produtos de papel que o público procura ou comprará. Com base no resultado destas sondagens, pode então ser desenvolvida, produzida, promovida e largamente vendida toda uma nova linha de produtos de papel (a acrescentar à velha linha estabelecida). O programa para estabelecer a nova linha de produtos terá que cobrir o financiamento, a organização da nova unidade de produção (incluindo executivos honestos, designers competentes e quaisquer operários adicionais necessários) bem como quaisquer máquinas ou equipamentos suplementares requeridos. Também precisará de incluir um vasto PR, promoção e campanhas de vendas que impulsionem os novos produtos bem como os antigos, para que haja um grande volume de vendas de ambos. Inerente a este planeamento haveria uma campanha para melhorar a imagem da companhia como pioneira no campo dos novos produtos de papel, com oportunidades para executivos inclinados para a expansão. 

 

Um tal plano estratégico não só corrige uma má situação, como também a transforma numa cena altamente lucrativa e em expansão para o futuro de toda a companhia. 

Aquilo que estamos a tentar conseguir é tirar a cena das dificuldades e expandi-la para um nível de viabilidade tremendo.  

A partir deste plano estratégico, seria feito o planeamento táctico, tomando as metas estratégicas gerais e decompondo-as em acções precisas, com metas exactas, que executam o planeamento estratégico. 

Teríamos muitas pessoas a trabalhar nisto e seria essencial que elas tivessem todas o propósito claro e que não houvesse pontos de conflito interno na campanha global. Alguém que lesse estes planos poderia não ver a sua importância, a menos que compreendesse a situação e tivesse um propósito geral superior e abrangente, a partir do qual pudesse refinar o seu planeamento táctico.  

Na execução táctica de um planeamento estratégico é muito comum verificar-se que é necessário modificar algumas metas tácticas ou acrescentar algumas novas ou mesmo abandonar algumas que se verificaram ser desnecessárias. 

A gestão táctica de um planeamento estratégico é em si uma espécie de arte, portanto, isto é permitido. 

Havendo, então, um bom propósito em relação ao qual as coisas podem ser coordenadas, a acção estratégica necessária para o realizar pode então ser elaborada e podem seguir-se os planos tácticos para tornar o plano estratégico numa realidade. 

Deste modo, um grupo pode florescer e prosperar. Quando todas as forças estão alinhadas a um único impulso, uma quantidade tremenda de poder pode ser desenvolvida. 

Assim, faz-se com que o propósito seja enunciado e a partir daí determina-se qual é a estratégia que será usada para realizar o propósito e depois esta converte o propósito numa praticabilidade táctica. 

Quando o plano estratégico, com o seu propósito, tiver sido apresentado, este é tomado pelo próximo nível de comando inferior e é transformado num planeamento táctico. 

O Planeamento Estratégico Versus Planeamento Táctico

A estratégia difere da táctica. 

Este é um ponto que tem que ser claramente compreendido pelos vários escalões de administração. 

Há uma diferença muito, muito grande entre um plano estratégico e um plano táctico. 

Enquanto o planeamento táctico é usado para vencer uma batalha, o planeamento estratégico é usado para vencer a campanha completa. 

Enquanto o plano estratégico é um plano em larga escala e a longo prazo para assegurar a vitória, um plano táctico diz exactamente quem deve mover o quê e para onde, e exactamente o que fazer nesse ponto. 

O plano táctico deve integrar-se no plano estratégico e realizar o plano estratégico. E deve fazer isto com metas precisas e factíveis. 

Isto, na essência, é administração. 

Criar uma Ponte entre o Propósito e o Planeamento Táctico

Um erro comum que o pessoal sem treino comete é saltar do propósito para o planeamento táctico, omitindo o plano estratégico. Isto não funciona. A razão por que não funciona é que, a não ser que o plano táctico se alinhe com um plano estratégico, descarrilará. 

O ponto que precisa de ser compreendido aqui é que o planeamento estratégico cria o planeamento táctico. Não alcançaremos o nosso propósito a menos que haja uma estratégia elaborada e usada para o alcançar. E, baseados nessa estratégia, calculamos os movimentos tácticos a efectuar para implementar a estratégia. Porém, se saltarmos do propósito para a táctica, ignorando a estratégia, iremos fracassar. 

Por conseguinte, entre o propósito e a táctica existe sempre o passo do planeamento estratégico. Poderíamos dizer que com um plano estratégico pretendemos algum meio de levar o propósito em si a funcionar. 

Este na realidade é um plano que tem a ver com astúcia. 

Uma pessoa poderá estar muito consciente do propósito e poderá apresentar algumas metas tácticas relacionadas com este. E possivelmente estas metas funcionarão, só por si. No entanto, o propósito é resolver uma situação e, à falta de um meio estratégico para o fazer, a pessoa ainda poderá dar por si a enfrentar o mesmo problema. 

Ao pôr uma ponte real entre o propósito e a táctica (sendo esta ponte a estratégia), o propósito terá alguma possibilidade de ser bem-sucedido. 

existente em algo como uma apresentação ou qualidade natural, permanente, essencial ou característica.

uma base militar com um pequeno grupo de tropas, localizado a alguma distância do corpo principal de um exército, atribuído para guardar um lugar ou área em particular.

os clientes ou fregueses de uma organização profissional ou negócio, considerados enquanto um grupo.

uma taxa paga a uma pessoa em troca dos seus serviços. Um sinal é frequentemente pagado com o acordo de que pagamentos adicionais podem ser feitos dependendo de que certos objectivos sejam realizados.

os registos escritos de dinheiro que um negócio gastou ou recebeu.